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domingo, 18 de julho de 2010

Não registrar os defeitos alheios.


Prestar atenção à desonra alheia revela que a própria fama está arruinada. Alguns gostam de encobrir, ou lavar os próprios defeitos com os alheios, ou ainda consolar-se com eles: este é um consolo de tolos.
Seu hábito é malquisto; é um costume imundo. Neste caso, quem mexe mais fundo fica mais enlameado. Poucos escapam de ter algum defeito, seja por herdado ou adquirido. Só quando somos pouco conhecidos é que nossas falhas são desconhecidas.
Quem é petulante não deve ser epítome dos defeitos alheios, nem se tornar uma desprezível e desalmada lista negra viva. Não encontre defeitos. Não procure qualidades. Faça soluções. Qualquer um sabe queixar-se do curral do vizinho sem se preocupar com o próprio.