sábado, 8 de janeiro de 2011

A decisão da escolha


“Toda decisão acertada é proveniente de experiência. E toda experiência é proveniente de uma decisão não acertada”.
Albert Einstein

Quase tudo na vida depende disso. São precisos o bom gosto e o julgamento aguçado; a inteligência e a competência não bastam. Aquilo que é perfeito não pode ser alcançado sem discernimento e seleção. Para se escolher, é necessário primeiro tomar uma decisão. Mesmo se você escolher não fazer nada já estará tomando uma decisão.
No que tange tal aspecto, estão envolvidos dois talentos: escolher e escolher o melhor. Muitos de inteligência fértil e arguta, de julgamento rigoroso, instruídos e bem informados se perdem na hora de escolher. Sempre escolhem o pior, como se fizessem questão de errar. Saber escolher constitui uma das maiores qualidades humanas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Saber ouvir, ou ouvir os que sabem.


Para viver, se faz necessário o entendimento: ou nosso, ou emprestado. No entanto, muitos ignoram aquilo que não sabem, de modo que outros pensam que sabem quando não sabem. Não há remédio para ataques de sensatez. Os ignorantes, por não conhecer a própria ignorância, nunca procuram o que lhes falta.
Alguns seriam sábios se não acreditassem que já o são. Os oráculos de prudência são raros, mas todos são ociosos, pois ninguém os consulta. Pedir conselhos não irá diminuir a grandeza nem depõe contra a capacidade. Ao contrário, irá fortalecer sua reputação. Para combater o infortúnio, aconselha-se com a razão. Para se falar bem é preciso de espírito, para se ouvir bem é preciso inteligência.

domingo, 29 de agosto de 2010

Evitar queixas, provocar elogios.


A queixa sempre traz má fama. E, em vez de compaixão e consolo, exalta a paixão e a altivez, encorajando aos que ouvem a se queixar também e aumentando nossa aflição. Uma vez divulgadas, as ofensas que nos foram feitas suscitam em se comentar outras.
Alguns reclamam de ofensas passadas e motivam outras futuras. Almejando cura ou consolo, causam piedade e até desprezo. A melhor política é elogiar os favores que alguns lhe fizeram, de modo a ganhar ainda mais dos outros.  A queixa é uma doença, que acaba por contagiar o ouvinte e aumentar a penúria do doente.
O prudente não deve jamais divulgar a desonra ou as desfeitas, apenas a gratidão e o apreço que os outros lhe tem demonstrado. Dessa forma, reter-se-ão amigos e conter-se-ão os inimigos.
Nessa vida todos temos o direito de reclamar: reclamar da vida, do amor, até mesmo do Universo, mas reclamar sempre de barriga cheia. O ser humano vive reclamando sua desgraça, e se esquece de clamar sua graça.

sábado, 7 de agosto de 2010

Saber examinar.


A segurança está em examinar as coisas, principalmente quando não se está totalmente seguro. Ganhe tempo, seja para conceder algo, seja para melhorar sua situação, e você encontrará novas razões para confirmar e corroborar seu parecer.
Tratando-se de doar, um presente é mais valorizado quando concedido com prudência do que quando dado apressadamente. O que se deseja há muito é sempre mais apreciado. Ao recusar, ganhe tempo, prestando mais atenção aos modos e deixe o não amadurecer um pouco, de modo que seja mais fácil de aceitar.
Na maioria das vezes, dissipado o primeiro calor do desejo, será mais fácil aceitar a recusa. Se alguém pede com pressa, demore a conceder. É uma forma de sustentar-lhe o interesse.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Faça o bem, mas com parcimônia.


Um pouco de cada vez, mas com freqüência. Não crie mais obrigações do que lhe possam retribuir. Aquele que muito dá não dá, vende. Não cobre agradecimentos, pois, vendo-se incapaz de agradecer, o devedor quebra a retribuição.
Para perder amigos, basta obrigá-los demais; para não ter de pagar o favor, se afastam, transformando-se em inimigos. O ídolo não quer ver o escultor que o esculpiu, e aquele que recebe um favor prefere não ver os olhos de quem lhe favoreceu.
Portanto, siga uma sutil lição sobre fazer o bem: que custe pouco e se deseje muito, para que se aprecie mais.