domingo, 4 de julho de 2010

Ver o profundo das coisas.

As coisas geralmente não são o que parecem. A ignorância, que nada vê além da casca, muitas vezes se transforma num desengano quando penetra no interior das coisas.

Em tudo, a mentira chega primeiro, arrastando consigo os tolos numa vulgaridade sem fim.

A verdade chega sempre depois, por última, mancando junto com o tempo. Quem é sensato reserva um dos ouvidos para a verdade, agradecendo a Natureza, por nos ter dado dois.

O acerto vive retirando em seu interior, de modo a ser mais estimado pelos sábios e os discretos.

Desconfie-se do trivial, e examine o que parece vulgar. Muitas vezes a aparência externa carece de valor interno. A aparência das virtudes é muito mais importante do que a aparência exterior, e até mesmo das próprias virtudes, pois quem se diz possuidor de dada virtude leva muitas vezes vantagem sobre aquele que realmente as possui.



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