Da razão ponderada, ao golpe da emoção.

Devemos sempre dominar nossas opiniões diante do que é presente e diz respeito à intuição. Essa opinião, se comparada ao conhecimento, é muito mais forte; não por culpa de sua matéria e de seu conteúdo - que convenhamos, são bastante limitados – mas sim por sua forma, ou seja, à sua nitidez e a sua iminência, que entram na mente e acabam com sua tranqüilidade, atrapalhando sua finalidade.

Pois aquilo que envolve a emoção, a intuição e é presente sempre golpeia antes de ponderar, e o faz por impulso. Diferente disso, razões e pensamentos precisam de tranqüilidade e tempo para serem ponderados parte a parte, e dessa forma, não é possível tê-los sempre no presente.

Levando tudo isso em conta, é necessário que se note que tudo aquilo que atrai nossa visão por ser belo e/ou atraente, e que podemos renunciar pela ponderação, ainda nos atrai. Da mesma forma, somos atingidos por uma sisudez que conhecemos muito bem; e que acaba quase sempre sendo desprezada, arrumando-se meia dúzia de razões contra a existência daquilo que nos faria renunciar do objeto em questão.

No final das contas, caímos na velha irracionalidade humana, e deixamos a emoção tomar conta de nossas mentes.